Sugestões para conhecer Natal, Genipabu, Pipa e arredores e fartar-se de camarão em três, cinco ou sete dias
por Redação, com conteúdo Guia Quatro RodasFonte: viajeaqui
A Praia de Ponta Negra e, ao fundo, o Morro do Careca, em Natal
Democrática: Praia de Ponta Negra
Um passeio de barco no mar de corais de Parrachos de Maracajaú, no distrito de Maxaranguape, a 57 quilômetros de Natal
Caminhada pela praia de Genipabu
O Rio Grande do Norte é o principal produtor de camarão no Brasil
A carne é pilada manualmente com manteiga de garrafa, farinha e cebola roxa, e, depois, tostada na panela, no restaurante Paçoca de Pilão
Alguns dos pratos do bufê do restaurante Mangai
No canto esquerdo da Praia do Forte, em Natal, está o Forte dos Reis Magos. Em forma de estrela, está erguido sobre recifes com cascalho de ostras, óleo de baleia, areia e pedras. É aqui que está guardado o Marco de Touros, de 1501, considerado o mais antigo documento histórico do Brasil
A Praia da Pipa é a queridinha do turismo potiguar devido a suas lindas praias, golfinhos, bons hotéis e noite agitadíssima
As praias do Rio Grande do Norte têm a seu favor dias ensolarados em todas as estações do ano. Se Natal não é a cidade a se descobrir, há motivos para retornar. Restaurantes estrelados pelo GUIA QUATRO RODAS e outras tantas inaugurações animam a cena gastronômica, por exemplo. Deleitar-se com receitas à base de camarão, aliás, é obrigatório. O Rio Grande do Norte é o maior produtor do crustáceo no Brasil. As casas se aproveitam disso, criando delícias e cobrando menos. Na Praia da Pipa, o astral incrível é o que move legiões de turistas a procurarem um canto na areia – além, é claro, das paisagens naturais, dos passeios de bugue, de pau-de-arara e da boa estrutura hoteleira.
Primeiros dias: Natal e arredores
Os roteiros pelo litoral potiguar convergem em Natal, a “Cidade do Sol”. A capital resume bem os atrativos da região. A orla mais movimentada e democrática é a da Ponta Negra. Há um trecho deserto próximo à Vila Costeira. Outro, na faixa central e com mar calminho, concentra famílias. Por fim, pertinho do Morro do Careca, o pedaço é mais badalado. Essa é a hora de escolher um espaço na areia e esticar a canga. Se praia é o seu negócio, anote: ganhar um bronzeado na Barra de Tabatinga, mais ao sul, pode render ainda um encontro com golfinhos, vistos com frequência do mirante. As praias do Cotovelo e Búziostambém merecem atenção – na primeira, dunas, falésias e um mar sem ondas formam a paisagem. A segunda, na divisa com Pirangi do Sul, tem águas calmas, ideais para mergulho, com recifes e piscinas naturais.
O maior cajueiro do mundo está em Pirangi do Norte, a 28 quilômetros do Centro de Natal. Dar um pulo até ali é, no mínimo, curioso. A visita é rápida, mas a dimensão da árvore impressiona. Explica-se: uma mutação genética faz com que a copa cresça progressivamente para os lados. Hoje, o cajueiro ocupa uma área equivalente a um campo de futebol e dá cerca de 70 mil frutos por ano – é possível colhê-los de novembro a janeiro.
As piscinas naturais de Maracajaú, no distrito de Maxaranguape, estão entre as mais bonitas do Brasil. Ótimo motivo para uma escapada – o mais comum é usar o serviço de van para percorrer os 57 quilômetros de distância da capital. O trajeto segue de lancha e, após 15 minutos, os recifes de corais aparecem. Aí é só colocar máscara, snorkel e admirar os peixinhos coloridos de perto.
Uma viagem a Natal, porém, só fica completa depois do clássico passeio de bugue até Genipabu. Há duas maneiras de fazê-lo: partindo da capital (o bugueiro pega você no hotel) ou da Praia de Genipabu (a 34 quilômetros de Natal). Se você escolher a modalidade “com emoção”, prepare-se para o frio na barriga. As lagoas de Pitangui e Jacumã com as descidas de esquibunda e aerobunda encerram a aventura.
A Lagoa de Genipabu - Foto: Luis Morais
Para esbaldar-se à mesa
Que o Rio Grande do Norte é a terra do camarão ninguém duvida. “Potiguar”, em tupi, quer dizer “comedor de camarão”. Em Natal, quase toda a oferta do crustáceo chega de criações nas lagoas próximas. A produção vinda do litoral também vai para as panelas. Não é fácil perceber a diferença entre o tipo selvagem e o de cativeiro – os de alto-mar costumam ter um sabor mais acentuado.
- Camarões: é o endereço tradicional. Executa mais de 30 receitas com o crustáceo nativo, como a que leva camarões gratinados com molho e arroz à grega (R$ 66, serve duas pessoas). Na filial Camarões Potiguar, criada para suportar a demanda excedente do irmão mais velho, o cardápio é mantido.
Dos quatro restaurantes estrelados, três são de cozinha regional. Nada melhor para uma imersão completa na cultura do lugar.
- Âncora Caipira: a especialidade é a carne de sol, com três tipos de preparo: batida com nata (R$ 61), no pilão (R$ 53) ou assada na brasa com queijo de coalho (R$ 59). As porções são generosas e servem até três pessoas.
Carne de sol batida na nata, com arroz, feijão verde, macaxeira e farofa d'agua no Âncora Caipira - Foto: Heudes Regis
- Mangai: o bufê deste self-service tem mais de 120 receitas e a grande maioria é regional, como o guisado de cabrito e o arroz de leite (R$ 43 o quilo).
- Paçoca de Pilão: no prato que dá nome ao restaurante, a carne é pilada manualmente com manteiga de garrafa, farinha e cebola roxa, e, depois, tostada na panela (R$ 53, para duas pessoas).
Pipa, o point do Estado
A Pipa propriamente dita é apenas uma das praias do distrito de Tibau do Sul. Mas foi esse pedacinho que se transformou no point mais badalado do litoral do Rio Grande do Norte. O astral aqui é diferente e só uma visita para fazer compreender – dê uma olhadinha nas imagens da galeria acima. Durante a alta temporada, as ruas de paralelepípedo lotam e a Baía dos Golfinhos, principal avenida da vila, congestionada de carros. O melhor mesmo é calçar os chinelos e aproveitar a vibe caminhando.
A Praia da Pipa é o caminho natural de quem viaja pela região, mesmo que só por um dia. Partindo de Natal, são 85 quilômetros e agências fazem saídas diárias de van. O percurso inclui paradas na Lagoa Guaraíras, na Praia de Cacimbinhas (para fotografar as falésias) e na Praia do Madeiro (para ver golfinhos e fazer um passeio de barco) – todas em Tibau do Sul. O almoço e o banho de sol da tarde são na Praia do Centro. Se a pedida é hospedar-se o mais próximo do burburinho possível, quase todas as opções ficam no centrinho de Pipa. Mesmo nas mais simples, há boas acomodações, piscina, estacionamento privativo e internet wi-fi.
Se você tem...
... 3 DIAS
Aproveite o trecho central de Ponta Negra (ótima chance para dar um mergulho e ganhar um bronzeado) e dê um pulo em Pirangi do Norte para ver o maior cajueiro do mundo. À noite, o clássico restaurante Camarões é boa pedida. No dia seguinte, vá a Genipabu para subir e descer dunas e mergulhar nas lagoas. Encerre com um jantar estrelado no Paçoca de Pilão e, depois, forró em um dos bares de Alto de Ponta Negra.
... 5 DIAS
É hora de encarar as trilhas pela restinga do Parque das Dunas de Natal. Se a fome apertar, a melhor carne de sol da cidade o espera no Âncora Caipira. Outras sugestões de passeio são o Forte dos Reis Magos, com formato de uma estrela de cinco pontas, e o pôr do sol na foz do Rio Potengi.
Sobrou tempo? Faça um bate e volta aos Parrachos de Maracajaú, onde estão as piscinas naturais mais bonitas do Estado – e distantes 42 quilômetros da capital.
... 7 DIAS
Dedique-se ao belo litoral sul potiguar. Lá está o point mais badalado do Rio Grande do Norte, a Praia da Pipa. Inclua no roteiro um passeio de barco para ver golfinhos e nadar na Praia do Amor, vizinha. Depois, rume para Tibau do Sul: o distrito que engloba Pipa é mais tranquilo, com direito à falésias e passeios de caiaque e lancha.
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